A intercooperação é uma prática cada vez mais comum entre as cooperativas, que buscam se unir em com o propósito de se beneficiarem mutuamente. Essa estratégia tem como base os princípios do cooperativismo, que valorizam a cooperação, a solidariedade e a ajuda mútua.
Com a intercooperação, as cooperativas se fortalecem nos seus respectivos ramos, permitindo a troca de conhecimento, colaboração, compartilhamento de recursos e expertise em determinadas áreas. Além disso, a intercooperação favorece a realização de projetos em conjunto, desde a produção de bens e serviços até a gestão administrativa e financeira das cooperativas envolvidas.
Os benefícios da intercooperação envolvem desde a troca de experiências e conhecimentos até a realização de parcerias comerciais e estratégicas entre as cooperativas. Nesse sentido, a intercooperação pode ser vista como uma estratégia de ampliar as oportunidades de negócios, melhorar a eficiência e a competitividade das cooperativas envolvidas e fortalecer o movimento cooperativista como um todo.
Intercooperação financeira
Intercooperação financeira é uma das principais aplicações desta estratégia. Ela ocorre quando as cooperativas envolvidas compartilham recursos financeiros e de capital, por exemplo, por meio de empréstimos mútuos, investimentos em conjunto ou até mesmo através da criação de fundos de investimento compartilhados.
Essa prática também possibilita que as cooperativas tenham acesso a capital com taxas de juros mais baixas do que aquelas oferecidas pelo mercado tradicional, fortalecendo a atuação das cooperativas em seu respectivo ramo. Isso ocorre porque as cooperativas envolvidas podem oferecer garantias mútuas, reduzindo o risco para os credores e, consequentemente, obtendo condições mais favoráveis de financiamento.
A intercooperação financeira também pode permitir que as cooperativas obtenham mais facilmente o capital necessário para investimentos em áreas como infraestrutura, tecnologia e capacitação de pessoal. Com mais recursos à disposição, as cooperativas podem ampliar suas atividades e melhorar sua competitividade no mercado.
Além disso, essa estratégia pode permitir a otimização de custos, uma vez que as cooperativas envolvidas podem compartilhar infraestrutura, equipamentos e até mesmo recursos humanos. A cooperação entre as cooperativas também pode gerar economias de escala, permitindo que as cooperativas produzam bens ou serviços com maior eficiência e menor custo.
Entre os benefícios financeiros da intercooperação, destaca-se a possibilidade de redução dos custos operacionais por meio da realização de compras conjuntas. Essa prática pode trazer economia de escala, reduzindo os custos de produção e aumentando a competitividade das cooperativas no mercado.
Um benefício inerente do aspecto financeiro da intercooperação é a partilha de riscos, que é a divisão dos riscos entre as cooperativas envolvidas. Por meio dessa prática, as cooperativas podem dividir os riscos inerentes a determinados projetos ou empreendimentos, o que pode ajudar a minimizar as perdas financeiras em caso de problemas.
Então, em vez de assumir sozinha o risco de determinado projeto ou empreendimento, uma cooperativa pode compartilhar esse risco com outras cooperativas, reduzindo assim as suas possíveis perdas financeiras.
Outro benefício claro da intercooperação é a melhoria da gestão financeira das cooperativas envolvidas. A troca de conhecimentos e experiências entre as cooperativas pode contribuir para a adoção de boas práticas de gestão financeira, a redução de riscos e a melhoria da eficiência e eficácia na gestão dos recursos.
Vale ressaltar que a intercooperação financeira exige uma boa gestão dos recursos e um alto nível de confiança entre as cooperativas envolvidas. É necessário estabelecer acordos claros e transparentes, além de definir regras e critérios para a concessão de crédito, gestão de riscos e partilha de custos.
Quando bem planejada e executada, no entanto, a intercooperação financeira pode trazer importantes benefícios para as cooperativas envolvidas, fortalecendo o setor e ampliando as oportunidades de negócio, que geram crescimento e desenvolvimento.
Aspectos fiscais da intercooperação
O aspecto fiscal da intercooperação está relacionado à forma como as cooperativas envolvidas na prática podem se beneficiar de incentivos fiscais e tributários previstos na legislação brasileira. Esses incentivos buscam estimular a cooperação entre as cooperativas, reduzindo a carga tributária e facilitando o acesso a subsídios.
A intercooperação pode ser uma ferramenta importante para a redução da carga tributária, uma vez que as cooperativas envolvidas podem se beneficiar de incentivos fiscais e de regimes especiais de tributação. Além disso, a intercooperação pode permitir a realização de planejamento tributário de forma conjunta, o que pode levar a redução de custos fiscais.
Um dos exemplos de incentivos fiscais previstos na legislação para as cooperativas é a isenção do Imposto de Renda sobre as sobras apuradas. As sobras são os resultados positivos obtidos pelas cooperativas ao final de cada exercício social, e a isenção do Imposto de Renda permite que as cooperativas possam destinar esses recursos para investimentos em suas atividades, sem a necessidade de recolher o tributo.
Além disso, as cooperativas que atuam em conjunto podem se beneficiar do chamado “Regime Especial de Tributação para Cooperativas de Produção Agropecuária” (RET-CPA), que prevê a redução da alíquota de contribuição previdenciária patronal de 20% para 2% sobre a receita bruta. Esse regime tem o objetivo de reduzir o custo previdenciário das cooperativas de produção agropecuária, estimulando a geração de empregos e o desenvolvimento do setor.
Outro exemplo de incentivo fiscal é o tratamento tributário diferenciado para as cooperativas no âmbito do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). As cooperativas podem se beneficiar de reduções ou isenções do imposto em operações internas e interestaduais, desde que cumpram determinados requisitos previstos na legislação.
Além dos incentivos fiscais, a intercooperação também pode proporcionar benefícios em relação à gestão fiscal, como a possibilidade de centralizar a gestão contábil e tributária das cooperativas envolvidas. Isso pode reduzir os custos operacionais e melhorar a eficiência na gestão dos tributos e obrigações fiscais.
No final das contas a intercooperação pode trazer importantes benefícios do ponto de vista fiscal, permitindo que as cooperativas envolvidas reduzam a carga tributária, acessem incentivos e facilidades previstos na legislação e melhorem a gestão fiscal de suas atividades. A exemplo disso, podemos citar a Coopavel, uma cooperativa agroindustrial do Paraná que possui diversas parcerias e alianças com outras cooperativas, o que lhe permite se beneficiar de incentivos fiscais e tributários e reduzir os custos operacionais.
Intercooperação e desafios da aplicação
Importante ressaltar que a intercooperação também apresenta desafios que devem ser considerados pelas cooperativas envolvidas. Um dos principais desafios é a necessidade de alinhar interesses, objetivos e valores entre as cooperativas, o que pode exigir uma gestão cuidadosa e a definição clara de regras e procedimentos para a cooperação.
Além de tudo, a intercooperação pode apresentar riscos em relação à gestão financeira, à governança e à operação das cooperativas envolvidas. É importante que as cooperativas tenham uma gestão financeira eficiente e uma governança sólida, com processos claros e bem definidos, para minimizar os riscos e garantir o sucesso da intercooperação.
Casos de sucesso da intercooperação
Um exemplo de intercooperação bem-sucedida é o da Cooperativa Central Aurora Alimentos, que é uma das maiores cooperativas agroindustriais do Brasil. A Aurora Alimentos é formada por mais de 100 cooperativas de produtores rurais e possui unidades em vários estados do país.
A intercooperação entre as cooperativas da Aurora Alimentos ocorre em vários níveis, desde a troca de experiências e conhecimentos até a realização de parcerias estratégicas e comerciais. Entre as iniciativas de intercooperação realizadas pela Aurora Alimentos, destacam-se a compra conjunta de insumos e a centralização de processos administrativos e financeiros, o que permite a redução de custos e o aumento da eficiência operacional.
Outro exemplo de intercooperação é o da Coopercitrus, que é uma cooperativa agropecuária que atua em vários estados do Brasil. A Coopercitrus possui mais de 30 mil cooperados e atua em diversas áreas, como insumos, máquinas e implementos agrícolas, serviços financeiros, entre outras.
Entre as cooperativas da Coopercitrus ocorre por meio da realização de parcerias comerciais e estratégicas, como a formação de redes de cooperativas em diversas áreas de atuação. Além disso, a Coopercitrus possui um programa de incentivo à intercooperação, que estimula a troca de experiências e conhecimentos entre as cooperativas e a realização de projetos em conjunto.
A intercooperação é uma prática cada vez mais importante e necessária para as cooperativas, que buscam fortalecer o movimento cooperativista e alcançar benefícios mútuos por meio da cooperação. Grandes cooperativas, que um dia foram pequenas, usam da intercooperação para prosperarem e evoluírem, gerando riqueza para os seus associados.
Conclusão
A intercooperação é uma estratégia importante para as cooperativas que desejam fortalecer sua atuação e otimizar seus recursos. Por meio da cooperação entre diferentes cooperativas, é possível obter benefícios financeiros, fiscais e administrativos que podem ajudar a consolidar o setor e aumentar sua capacidade de atuação.
Com a intercooperação, fortalece-se o movimento cooperativista a ampliando as oportunidades de negócios. No entanto, é importante que as cooperativas estejam preparadas para enfrentar os desafios e riscos associados à prática, garantindo uma gestão cuidadosa e uma governança sólida para o sucesso da intercooperação.
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